Igreja Presbiteriana dos EUA autoriza o casamento gay


WASHINGTON - Nos estados americanos que já permitem o casamento gay, os pastores presbiterianos estão autorizadores, a partir de agora e se assim desejarem, a promover uniões entre pessoas do mesmo sexo. A decisão foi tirada na assembleia geral presbiteriana, realizada pelos pastores, em Detroit, no Estado de Michigan. Na oportunidade, eles decidiram, com 61% dos votos, a autorização para unir casais homossexuais.

A Igreja Presbiteriana, surgida da reforma calvinista, tem cerca de 1,9 milhões de fieis no país, e é considerada uma importante congregação protestante no país. A partir de agora, com a nova lei, 19 estados norte-americanos em que o casamento homossexual é legalizado, os seguidores desta doutrina estão livres para se unir formalmente também pelos laços religiosos. Para reconhecer o direito a seus seguidores, a Assembléia Geral Presbiteriana, decidiu, inclusive, mudar sua definição de casamento, que agora passa a ser definida apenas como "uma união entre duas pessoas." Em 2011, a Igreja Presbiteriana já havia eliminado as barreiras que proibiam os homossexuais sejam ordenados como pastores.

Marcha

A notícia, considerada como histórica por grupos ligados à causa LGBT nos Estados Unidos, chega um dia após a realização da segunda “Marcha pelo Casamento”, a favor da união tradicional - entre homem e mulher - no país. Milhares de pessoas foram às ruas de Washington na quinta-feira para se manifestar e marcar posição contra o apoio cada vez mais forte dos EUA aos homossexuais.

Na oportunidade, o presidente da Organização Nacional para o Casamento, Brian Brown, afirmou que “o casamento é a união de um homem e uma mulher” e que as “crianças precisam cada vez mais de um pai e uma mãe". Os organizadores do evento anunciaram o envio de uma carta ao presidente Barack Obama e ao Congresso expressando que "ninguém tem o direito de redefinir o casamento".


Nota Gilberto Theiss: Se Calvino pudesse presenciar este momento, com certeza rasgaria suas vestes. Não posso, nesta ocasião, usar um jargão bem popular: “se remoendo na sepultura”, pois, as cinzas do que lhe sobrou foram lançadas no lago. Por falar em cinzas, Calvino foi mártir  por defender princípios bíblicos bem definidos. Se pudesse retornar das cinzas pra defender novamente os valores bíblicos que tanto prezava, incluindo os do matrimônio bíblico, com certeza seria queimado novamente, no entanto, por seus próprios súditos. Bom, temos vagas para os novos Calvinos, Luteros, Knox, Wesleys, Lefreis, Valdenses, Jerônimos, Policarpos, Wycliffes, Huss, Zwinglios, Berquins, Petris, Whitefields, Columbas e Bretões para o nosso século. Alguém se candidata?